sábado, 16 de julho de 2011

Esta não é de marcar [x] – 2

Para algumas pessoas, ele é sim um flagelo. Lembro-me da primeira e única vez que prestei vestibular para UFRGS (tentei jornalismo). Uma semana muito tensa. Eu trabalhava numa empresa de Tecnologia, fui liberado. Preparara-me semanas antes. Estudei pouco, sei. Mas decididamente, é um concurso que requer muita concentração e disciplina.
De modo geral, os vestibulares, como tudo na vida, têm seus prós e contras. Isto não é excludente ao ENEM. Provas com questões de múltipla escolha, utilização de algumas muitas fórmulas, textos chatos e embaraçosos, quebra cuca e jogo da memória também são componentes que ilustram a porção das exatas, e pedaços de distintas gravuras, ora auxiliadoras. Mas há mais contras: a preocupação já começa no portão da escola, os olhares soltos e aflitos da oposição e também dos não oponentes – tem gente que não quer jornalismo, canetas à venda chamam a atenção, os gritos da vendedora de águas ecoam junto ao nervosismo dos vestibulandos. Eles também estão presentes; Poderia ser ele, caso fosse um de cada vez. Além das camisetas, não obstante, representantes dos chamados cursinhos preparatórios que tanto lucram, fazem questão de compor aquele transbordamento de pessoal, seja na entrada ou na saída – como se pudéssemos entrar com suas dicas de como e onde utilizar a fórmula da glicose ou a precoce memorização dos fatos relacionados ao período de 39 a 45. São oito horas. Os portões se abrem. A insistência em por os olhos naquele listão é gritante, afinal é bom confirmar os algarismos da sala a ser alocado. Alguns vão ao banheiro, enquanto outros preferem ir tirando o rótulo da garrafa. Lápis, caneta e algumas borrachas sobre as mesas. As mesmas instruções de sempre, que são necessárias e muito. Começam a surgir os prós. Sem falar os que faltam, sempre cai uma ou outra questão similar ou idêntica a estuda no cursinho, na própria escola ou em casa mesmo. Na Literatura, obas surgem para quem leu as obrigatórias, no caso da federal. Na parte de História e Geografia, tudo tende a favorecer quem treinou a performance. No Português, é hora de puxar os macetes da crase e fazer uma ótima interpretação que se estende até as lacunas a serem preenchidas por artigos e alguns cardinais ou ordinais. Mas a boa gramática e os abundantes vocábulos serão necessários também na temida e ao mesmo tempo tão esperada dissertação (em alguns casos ela pode ser preponderante). Na Biologia, Química ou Física, são vários sentimentos; Além do aumento da frequência cardíaca, pode faltar oxigênio e dar aquela falta de ar e pronto, a inércia toma conta. Mas é preciso pensar, ter calma e raciocinar. O bom do inglês, talvez seja o mesmo bom do espanhol, vai depender de cada um. No momento da entrega, um sorriso da monitora pode ser fundamental para ter alivio no ônibus. Mas acredite; de qualquer modo o resultado será maravilhoso. Uma aprovação seguida de uma boa classificação significa um ingresso. Mas uma desclassificação não precisamente expressa uma reprovação, mas sim um tente outra vez, seguido de faltou pouco. E pouco sim, afinal eu espero que você tenha feito a sua parte. 



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