quarta-feira, 6 de julho de 2011

Momento Do Bem

“O que mais vejo é gente que se diz do bem, mas que no cotidiano abusa da grosseria”. Esta frase pode ser encontrada facilmente em um dos trechos do texto “Paz”, da brilhante Martha Medeiros e é sobre ela (a frase) que quero refletir desta vez.
Cada um tem sua maneira de ser, de viver e de levar a vida. Dando boas gargalhadas com os repetidos, mas engraçadíssimos episódios do Chaves ou enxugando as lágrimas, depois de chorar incessantemente com o filme Ghost; O fato é que são inúmeras as maneiras pelas quais as pessoas podem expressar suas vontades e sua forma de viver.
Quando estamos em um lugar e, de repente, vem aquela pessoa tentar uma conversa, como quem não quer nada ou, até mesmo, quando aquela querida senhora faz questão de contar como foi seu percurso até chegar àquele local... Não podemos ignorar que existem momentos onde nos deparamos com as mais diversas situações e que demonstrar-se solidário e educado é o modo mais adequado de ser gentil.
Na situação, por exemplo, em que estamos em um ônibus e este, por sua vez está lotado, é comum que as pessoas acumulem-se em um aglomerado, seja na entrada, no meio ou no fundo do coletivo. Gestantes, obesos, idosos, deficientes físicos e os demais passageiros. Vamos admitir que independente dos grupos acima citados, todos querem viajar sentados e confortáveis no veículo. Porém, isso se torna um grande desafio, quando além de ter que buscar e ,às vezes, disputar um misero banco no ônibus, também é preciso decidir se o lugar que foi adquirido depois de quase 25 minutos em pé, será cedido ou não àquela senhora que não está no assento preferencial por falta de banco ou para aquela mãe com sua filinha nos braços, que acabara de embarcar.
E o que falar daquelas vezes em que ficamos por minutos e, em certos casos, por horas pendurados no telefone, esperando que caridosamente alguém possa nos atender e “solucionar” o problema da TV, da internet ou do próprio telefone (ou celular). Em muitas ocasiões o serviço de atendimento ao cliente dessas empresas de telecomunicação deixa a desejar. Ouvir a mesma musiquinha e o mesmo script já é algo que pode provocar indignação em qualquer pessoa. O pior é quando, após um grande período de tempo já no aguardo, a ligação cai, o sistema está fora do ar ou o problema não é solucionado. É possível manter a compostura neste caso?
E se formos parar para pensar em todas às vezes que passamos por uma pessoa e dizemos: “Oi! Tudo bem?” – você pára para escutar a resposta da pergunta? Se não, por que perguntar. E quando perguntado, como você responde? “Estou bem, obrigado” ou “Bem! e você?”. O importante é saber que esta forma comunicação e de cumprimentos é usada demasiadamente e tornou-se comum utilizá-la com qualquer pessoa, em qualquer condição.
Agora, se você é uma pessoa que se diz do bem, que pratica o bem, independentemente das circunstâncias, vale saber que o fundamental para lidar com quaisquer situações é manter o jogo de cintura e as boas maneiras. Assim, sem dúvida você estará fazendo o bem, afastando-se da grosseria.

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