sábado, 16 de julho de 2011

Sexo! Que bicho é esse?

Século XXI. Era Digital. Fecebook. Twitter (as crianças também usam). Mulheres frutas. Você, você, você quer (quantos vocês neste versinho?). Dilma no poder. Novela das 11 no ar. União Gay. Anjinhos gritam: “O bulliyng mata” (foi preciso chegar a tanto). Neymar, talvez o novo craque, mais um Pelé na história. Mas não pára por aí... 2011! Dois anos sem o rei do Pop. Bruna (a surfistinha) é campeão de bilheteria. O acesso às universidades facilitou para todos. No BBB, uma transex (a primeira eliminada). A copa do mundo será no Brasil (gosto disso). Muitos nascem. Muitos morrem. O tempo passa, mas ele continua sendo um tabu.
Vamos admitir que o sexo é uma necessidade básica do ser humano. Seja pela procriação. Pela preservação da espécie humana. Para que o homem precisamente prove sua masculinidade. Ou simplesmente pelo orgasmo – quem não nunca teve um terá um dia. Mas além de uma necessidade é uma fonte de prazer. Uma nascente que envolve mitos, histórias, mistérios, paixão e muito desejo.
Durante muitas décadas o ato sexual foi contornado por preconceitos e julgamentos injustos. As pessoas (mesmo as que somente pensavam) eram punidas com ofensas, críticas e banimentos. Ajoelhar-se no milho, rezar alguns pai nossos e até mesmo confessar ao Padre seus mais íntimos anseios. Isto quando a sociedade da época não os apontava como impuros, sujos e torpes. Eram estas algumas das represálias que alguém poderia sofrer simplesmente por estar associado ao sexo.
Mas e hoje, em meio a tanta evolução e alguns progressos. Como está este cenário? Como as pessoas lidam com a sua sexualidade? Com seus desejos? Será que ainda existem privações? E o que é pior, punições (e autopunições). 
É infelizmente o sexo ainda é aquele assunto falado aos cochichos e ao pé do ouvido. Perto das crianças, nem pensar. E assim, aos poucos estamos retrocedendo. Nas novelas, apenas o lado bom é mostrado; ninguém sofre de ejaculação precoce. Só os musculosos e as ideias, as bonitas e as torneadas. No caso dos idosos, um beijinho no rosto e no máximo um selinho. Hoje, algumas cenas até mostram a camisinha. Já na vida real, o contraste é um pouco diferente. Alguns casais têm a vida sexual limitada; Seja pelo cansaço, pela rotina, pelo trabalho ou os filhos. Bom tocar neste âmbito, já que pais não falam do tema com os filhos, sustentando a curiosidade e as dúvidas nesta fase cheia de descobertas. É importante que a relação entre pais e filhos englobe também estas questões, pois são aspectos naturais e inerentes a qualquer fase da vida.
Vamos adiante... Na sala de aula, os risos e os falsos medos (quero assim nomear os sentimentos daqueles que preferem tapar os ouvidos diante de uma aula que traga como tema o sexo). Os professores. Sei. Alguns realmente evitam o assunto. Pelo receio. Talvez dos pais, que não falam a respeito, mas também não querem que o façam. São muitas opiniões. São muitas visões. Cada um com seu modo de encarar isso. Com sua crença. Nossa! E o que falar desta? As crenças também trazem opiniões. E infelizmente algumas podem se espalhar tornando algumas destas visões mais estreitas ainda. Para a igreja, sexo apenas para procriar – eles ainda vão contra o preservativo. Quanto fundamentalismo. E mais: só depois do casamento. Mas casamos com quem amamos, não? Pelo menos deveria ser assim. Entretanto existe uma série de fatores que corroboram este amor. Vamos supor que a pessoa não chegue a este estágio (o amor), ela não fará sexo?
E a internet? Falamos da ficção, do real, mas há também o virtual, ou melhor, o sexo virtual. Sim, eles procuram, pouco conversam e já se tornam íntimos. Basta um clic na webcam e pronto. É só fazer caras e bocas, teclar um pouco e se masturbar. Alguns trocam fotos, outros telefones e, em certos casos o virtual vira real.
Diante de tantas modalidades não dá pra encarar o sexo como algo de outro mundo. Ter tanto preconceito pode afetar as próprias relações.
O melhor caminho, portanto, é se conhecer. Não se prive de tocar-se. Não se prive de ousar. Isto não significa que você vai levantar agora e sair em busca de sexo fácil. Afinal é sempre aconselhável ter consciência e agir com segurança. O medo pode se transformar em alegria. E cruzar os braços ou fechar os olhos, aceitando o retrocesso não é uma atitude louvável.
Chame sua mulher de gostosa. Seu marido para debaixo dos lençóis. O mesmo serve para os namorados. Só não permita que todos os avanços como a Era Digital, as descobertas genéticas ou as invenções tecnológicas sejam cobertos pela ditadura, pelos joelhos no milho ou pela hipocrisia da sociedade. Afinal o importante é gozar no final.

Nenhum comentário:

Postar um comentário